Cidadania:
A história do Estado no Ocidente geralmente começa com Antiguidade clássica. Durante esse período, o estado teve uma variedade de formas, nenhum deles parece muito com o moderno Estado. Houve monarquias cujo poder (tal como o do Egito dos Faraós) foi baseado na função religiosa do rei e do seu controle de um exército centralizado. Houve também grande, quase burocratizados impérios, como o Império Romano, que dependia menos da função religiosa e mais centralizada sobre militares e organizações legais e de uma coesão da nobreza.
Também vieram na Antiguidade Clássica inovações como na cidade-estados e a República Romana. A Grécia Antiga durante o século IV antes de Cristo concedeu cidadania à população livre, e em Atenas esses direitos foram combinadas com uma democrática forma de governo embrionária.
Em contrapartida, Roma desenvolveu logo após o fim da monarquia e a posterior república, que era regida por um Senado e dominado pela aristocracia romana. O sistema político romano contribuiu para o desenvolvimento das leis e para a distinção entre a esfera privada e a pública.
Instituições:
Com o Estado-nação, a sociedade passa a contar com uma matriz para as demais instituições formais. O Estado é a fonte do direito positivo legitimado pela sociedade. O Estado moderno é inicialmente absoluto e mercantil. Graças a estratégias protecionistas ativas, os monarcas ingleses potencializam as possibilidades de desenvolvimento de seu país, criando condições para que a revolução industrial se desencadeie.
Completada essa revolução, e não obstante o domínio da nova teoria econômica liberal a partir de Adam Smith ("A Riqueza das Nações" é de 1776), só 70 anos mais tarde a Inglaterra adotou o liberalismo comercial. As instituições mercantis haviam sido fundamentais para seu desenvolvimento; chegava a hora das instituições liberais.
Desde que sejam pragmáticas, as instituições são essenciais. Marx mostrou que as estruturas econômicas e sociais estavam relacionadas com o grau de desenvolvimento tecnológico, e condicionavam as instituições. Cometeu, porém, o equívoco de não atribuir suficiente importância à principal instituição social nas sociedades capitalistas - o Estado - e às transformações que deram origem aos Estados modernos: as revoluções nacionais. Foram seus seguidores que deram ao Estado um papel excessivo na condução da economia, e por isso equivocado. Marx, provavelmente porque era um internacionalista preocupado com a utópica revolução socialista mundial, deixou em segundo plano o papel decisivo que a formação dos Estados nacionais teve no processo da revolução capitalista.
A importância das instituições foi reconhecida pelos economistas clássicos, assim como pela escola histórica alemã e pelos pioneiros da teoria do desenvolvimento. Nos EUA, no começo do século 20, houve uma notável escola institucionalista, cujo principal representante foi Thorstein Veblen. O antigo institucionalismo, porém, não era hipotético-dedutivo como o atual, mas histórico, vendo as instituições como sistemas de normas profundamente embebidas no tecido econômico e social, como resultado de um processo histórico complexo e cheio de conflitos.